sábado, 11 de julho de 2009

Sinais dos tempos I


Vivemos num mundo que está em constante mutação. As previsões dos analistas apontam para maiores mudanças nos próximos anos do que nas últimas décadas. Segundo uma investigação conduzida por Barna, “o nosso mundo tem mudanças significativas em cada 7 anos, enquanto que a média das igrejas faz um ajuste significativo em 25-30 anos”. Perante mudanças que ocorrem no nosso mundo a um ritmo impressionante, impõe-se uma pergunta: “Que espécie de pessoas nos convém ser nestes dias?”

Antes de mais é preciso ter em mente que nós somos as pessoas para estes dias, aquelas com quem Deus conta para fazer o Seu trabalho hoje. Lembremos o que de bom aconteceu no passado, sem no entanto nos tornarmos demasiadamente saudosistas ao ponto de não conseguirmos enxergar o que Deus quer fazer por nosso intermédio hoje. Também não devemos ser futuristas, pensando na iminência da vinda de Cristo e alheando-nos daquilo que se passa à nossa volta. Deus precisa de nós para o tempo que se chama hoje. Às vezes assemelhamo-nos a Marta, quando disse: “Senhor se estivesses aqui meu irmão não teria morrido…” (João 11:21) (tempo passado); e pouco depois afirmou: “eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia…” (João 11:24) (tempo futuro). Ela referiu convicção sobre o passado e sobre o futuro, deixando um vazio de sentido para o tempo presente. Porém, Deus iria operar o milagre naquela mesmo dia! À semelhança de Marta, vivemos no tempo presente e precisamos de confiar em Deus para hoje, para o momento/circunstância que estamos a viver!

Os dias actuais requerem pessoas com características semelhantes às dos homens de Issacar (I Crónicas 12:23-27), que se destacavam pela capacidade de “discernir os tempos”, de fazer uma leitura dos acontecimentos, analisá-los e interpretá-los. Desta forma eles tornavam-se numa mais valia para a nação de Israel, que assim podia delinear a estratégia mais adequada para o seu exército enfrentar os opositores. Pensando na igreja hoje, como precisamos urgentemente de modernos homens de Issacar, líderes capazes de poder analisar o momento actual da sociedade contemporânea, influências a que está sujeita, oportunidades e contribuir assim para definir a estratégia a seguir.